A enchente de 1941

No dia 08 de maio de 1941 a população do centro e de vários bairros de Porto Alegre acordaram alarmados. A enchente atingia o só ápice e os caíques invadiram as ruas alagadas da Capital, dando à cidade o aspecto semelhante ao de Veneza, cidade italiana cortada por canais. A famosa enchente de 1941 resultou em uma série de estudos, projetos e obras para a contenção do Guaíba, entre os quais as avenidas Castelo Branco e Beira-Rio, além do Muro da Mauá, com seus 2.647 metros de extensão. A inundação foi resultado das chuvas que caíram durante 22 dias, alcançando a marca de 619,4 milímetros. Simultaneamente, choveu em toda a bacia hidrográfica dos formadores do Guaíba. No dia 08, quando o nível máximo seria atingido (4,73 metros) as águas cobriram toda a Praça da Alfândega, invadiram a Rua dos Andradas, as suas transversais e a Otávio Rocha. Nos bairros, a água cobriu grande parte do navegantes, São Geraldo, Menino Deus, Praia de Belas, Azenha e Santana. Houve mais de 40 mil flagelados. Em municípios do Interior a enchente teve proporções mais dramáticas, deixando um milhão de gaúchos flagelados.

Código Morse

Código Morse é um sistema de representação de letras, números e sinais de pontuação através de um sinal codificado enviado intermitentemente. Foi desenvolvido por Samuel Morse em 1935, criador do telégrafo elétrico (importante meio de comunicação à distância), dispositivo que utiliza correntes elétricas para controlar eletroímãs que funcionam para emissão ou recepção de sinais. Este tipo de comunicação foi muito usado na década de 1940, principalmente durante a guerra. Uma mensagem codificada em Morse pode ser transmitida de várias maneiras em pulsos (ou tons) curtos e longos. O código Morse internacional continua em uso atualmente, porém se tornou quase exclusivamente para radioamadores. Na imagem um pequeno equipamento para aprendizado de inicinates em telegrafia, vendido por catálogo nos "US".

Reporter ESSO

Como falar do rádio e não pensar em Repórter Esso?
Foi o primeiro noticiário histórico do rádio, transmitido em 14 países do continente americano por 59 estações de rádio. Foi o primeiro no Brasil, comandado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Seus principais locutores foram Gontijo Teodoro, Luís Jatobá e Heron Domingues.
Sua primeira transição no rádio foi dia 28 de agosto de 1941, especializado em divulgar, notícias ligadas ao modo de vida americana da época, traziam ainda a evolução da guerra em todas as partes do planeta.
O Repórter Esso fez uma ampla cobertura da Guerra da Coréia em 1950. Além das guerras, o programa radiofônico dava ênfase às notícias de autoridades, notáveis, estrelas e astros de cinema e feitos científicos norte-americanos. Com exclusividade noticiou o suicídio de Getúlio Vargas em 1954.
Em 1957 informou com grande ênfase a explosão da primeira Bomba de Hidrogênio estadunidense. Em 1959 informou que Fidel Castro vencera a Revolução Cubana, reforçando o avanço do perigo comunista na América Latina. O programa Repórter Esso terminou suas transmissões no dia 31 de dezembro de 1968, na Rádio Globo do Rio de Janeiro. Já a versão televisiva, entrou no ar dia 1 de abril de 1952 e após muitos anos no ar bastante prejudicado pela censura, encerrando na TV TUPI do Rio de Janeiro, em 31 de dezembro de 1970.

Grupo Pignatari - Santo André / SP

O Grupo Pignatari, fundado em 1941 por Francisco Pignatari, além da LNM, era formado pela Companhia Brasileira de Zinco, as Indústrias Brasileiras de Máquinas, a fábrica Alumínio do Brasil. A empresa abastecia o parque industrial da aviação brasileira que ainda engatinhava, com bombas de vácuo, fresas, prensas, plainas de mesa, tornos de precisão, etc.. Ao terminar a Segunda Guerra Mundial, o Brasil contava com indústrias nascentes em três estados: no Rio de Janeiro, a Companhia Nacional Navegação Aérea (CNNA), a Fábrica do Galeão e a Fábrica Nacional de Motores (FNM); em São Paulo, a Companhia Aeronáutica Paulista (CAP); e, em Minas Gerais, próximo a Belo Horizonte, a Fábrica de Lagoa Santa. Todas elas foram formadas em virtude do projeto e incentivo para a produção nacional feito durante o governo Getúlio Vargas. Em 1945, o país dispunha de instalações industriais, máquinas, técnicos e, até mesmo, materiais e instrumentos fabricados internamente.